A apneia obstrutiva do sono é um transtorno grave e bastante comum, por isso é tão importante falarmos a seu respeito. 

Segundo dados divulgados pelo “Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias”, essa condição afeta entre 1 a 6% da população adulta, com uma predominância de 24% entre pessoas de 30 a 60 anos de idade.

E não é só isso, um estudo realizado pela Universidade Católica de Brasília aponta que 82% dos homens e 93% das mulheres que sofrem do problema não são diagnosticados. 

A ausência do diagnóstico é um fator complicador, já que com o tempo, quando não tratada, a doença tende a provocar o aparecimento de outros tipos de problemas, que podem envolver desde o coração ao cérebro.

Diagnóstico da apneia obstrutiva do sono

O primeiro passo para o diagnóstico é ficar atento a sintomas como ronco alto, sons sufocantes, sono fragmentado, dor de cabeça matinal, problemas com concentração, perda da memória, entre outros. 

Diante de sintomas como esses, a indicação é que se procure ajuda especialista para uma avaliação ampla e aprofundada do caso. 

O médico irá analisar o histórico clínico do paciente na tentativa de descartar outras causas, como uso de medicamentos, abuso de substâncias ou mesmo outros tipos de distúrbios do sono. 

Se a suspeita de apneia obstrutiva do sono persistir, o profissional encaminhará o paciente para realização da polissonografia, também conhecida como exame do sono. Esse procedimento é considerado padrão-ouro e é o mais recomendado para esses casos. 

Em algumas situações, o exame pode ser realizado a domicílio, porém, na maioria das vezes, será necessário que o paciente passe a noite em uma clínica especializada. Durante a noite no exame, o polissonógrafo acompanhará a respiração, a atividade cerebral e os batimentos cardíacos do indivíduo, avaliando a variação de oxigênio em seu sangue enquanto ele dorme. 

Por meio do resultado dessa variação, o médico terá informações suficientes para concluir o diagnóstico e, se necessário, dar início ao tratamento.

Tratamento da apneia obstrutiva do sono

O tratamento a ser administrado irá depender da gravidade da doença. O paciente, juntamente com o seu médico, irá desenvolver uma estratégia terapêutica em busca de tratar o problema e conter os sintomas. 

Fonoterapia

Neste caso, o paciente é referenciado para uma fonoaudióloga especialista na área, que o ajudará, por meio de alguns exercícios, a fortalecer sua musculatura respiratória. 

CPAP

Este é o tratamento mais comum. O CPAP é um aparelho de alta tecnologia que atua como compressor de ar, direcionando o seu fluxo através de uma máscara nasal ou nasobucal aderida sobre a face do paciente. 

Com a passagem do ar, uma pressão positiva é produzida, causando a dilatação das vias aéreas do indivíduo e prevenindo a apneia. 

Tratamento com aparelhos intraorais (AIO)

A principal função dos aparelhos intraorais é impedir a abertura da boca durante o sono. Com isso, o AIO mantém a mandíbula em posição fixa, controlando o posicionamento da língua e prevenindo o estreitamento das vias respiratórias.

Tratamento cirúrgico

O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes mais graves, quando há necessidade de modificação dos tecidos moles da faringe ou quando o distúrbio envolve desvios ósseos. 

O tipo de procedimento realizado varia de caso para caso, podendo em algum deles ser realizada uma combinação de diferentes cirurgias. 

O diagnóstico e o tratamento da apneia obstrutiva do sono são de suma importância, tanto para prevenção de um quadro mais grave, quanto para recuperação da qualidade de vida dos indivíduos acometidos. 

A RR Medicina e Odontologia tem uma equipe de especialistas pronta para cuidar de sua saúde e cooperar para restauração completa da qualidade de seu sono.

Prof. Dr. Rodney Pallotta
CRO-SP 80617