Você já ouviu falar sobre a neuralgia do trigêmeo? A doença é bastante conhecida entre os brasileiros e atinge 4,5 pessoas a cada 100 mil indivíduos.
Considerada a causadora de uma das piores dores do mundo, a condição afeta o nervo trigêmeo, responsável por transportar informações sensitivas da face até o cérebro. A dor é repentina e afeta principalmente a região dos olhos, nariz e da mandíbula.
A doença se divide em dois tipos: a neuralgia do trigêmeo clássica, que pode ter origem na compressão do nervo por vasos sanguíneos ou ter forma idiopática, quando não se consegue identificar as causas; E a neuropatia trigeminal dolorosa, provocada por lesões no nervo causadas por tumores ou outros fatores.
Quais são os sintomas?
A dor é, sem dúvidas, a grande marca da neuralgia do trigêmeo. O sintoma pode aparecer espontaneamente, embora na maioria das vezes é desencadeado pelo toque em um ponto-gatilho da face, dos lábios ou da língua.
Atividades como escovar os dentes e mastigar podem ser responsáveis por quadros dolorosos intensos, justamente por provocar esse contato.
Muitos pacientes descrevem quadros repetitivos de dor intensa, como se fossem relâmpagos. Por sua intensidade, o sintoma faz com que a pessoa se retraia, causando uma espécie de tique.
Normalmente, apenas um dos lados da face é afetado. A dor permanece por alguns minutos e desaparece repentinamente, iniciando frequentemente novas crises.
Além da dor, podemos citar como sintomas:
- Sensação de calor no trajeto do nervo
- Formigamento na região acometida
Como se dá o diagnóstico da neuralgia do trigêmeo
O diagnóstico dependerá da história clínica do paciente. O médico irá avaliar com cautela a sua queixa e todos os aspectos que a envolvem. Além disso, fará um exame neurológico clássico, que ajudará a confirmar a suspeita.
Embora a consulta médica seja o ponto-chave para o diagnóstico da neuralgia do trigêmeo, podem ser requisitados exames complementares como a ressonância magnética, prescrita especialmente para casos de dor quando associada a alterações da sensibilidade na face, nos pacientes com sintomas bilaterais e nos pacientes com menos de 40 anos.
Tratamento
A doença pode ser tratada com medicamentos capazes de inibir estímulos nervosos. O uso de qualquer medicamento deve ser feito estritamente sob orientação médica.
Quando a terapia medicamentosa não produz melhora ou é responsável por efeitos adversos, como tontura, quedas e alterações cognitivas, a cirurgia passa a ser a melhor opção.
Os procedimentos indicados para tratamento da neuralgia do trigêmeo são simples, sem cortes e realizados em ambiente ambulatorial, sem a necessidade de longas internações. A escolha da intervenção ideal irá depender da causa por trás do problema.
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