Sono e DTM: Qual a relação entre eles?

por jul 30, 2020Uncategorized0 Comentários

Sono e DTM, o que uma coisa tem a ver com a outra? Você sabia que dormir mal pode ser sinal de disfunção temporomandibular? Isso porque os sintomas desse distúrbio podem afetar diretamente a qualidade do sono.

Os sintomas da DTM incluem dores de cabeça e no pescoço, zumbidos no ouvido e estalos ao abrir e fechar a boca. Muitos dos pacientes acometidos apresentam insônia como uma das complicações do quadro. 

Um adulto dorme em média de 6 a 9 horas por noite. Dormir pouco (menos de 5 horas) ou ter um sono de má qualidade leva a prejuízos físicos e emocionais. A privação do sono, a longo prazo, aumenta o risco de complicações mentais, cardiovasculares e intensifica dores.

 
Uma coisa leva a outra, quanto menos você dorme, mais intensos se tornam os sintomas da DTM, quanto mais incômodo o distúrbio, mais difícil pegar no sono. Complicado, não? 

A dor aguda precede um sono ruim

Essa história de pacientes com dor terem problema com o sono não é novidade. Diversos estudos já comprovaram essa relação. Entre 50% e 90% dos pacientes com queixa de dor aguda relatam ter problemas para dormir. 

A influência bidirecional apresentada anteriormente também é bastante comum. Diferentes estudos demonstram que não só a dor afeta o sono, como a falta de sono também produz efeitos sobre a dor. É um ciclo: se você sente dor, tem problemas para dormir, quando dorme mal, sua dor é acentuada e a insônia se torna algo cada vez mais frequente. 

A compreensão desta relação é mais importante do que você imagina. Ela não só aponta para a insônia como uma complicação da DTM, e a DTM como causa para distúrbios do sono, mas ambos os quadros como indicativos um do outro. 

Vamos entender isso melhor. 

Sono e DTM: uma relação útil ao diagnóstico 

Muitas vezes, a queixa de insônia leva ao diagnóstico de DTM. O curioso é que mesmo pacientes que não apresentam dor por causa da disfunção, se possuem problemas nessa articulação, não conseguem dormir bem. 

Como vimos, já está comprovado que a dor aguda afeta o sono e que essa relação é bidirecional, ou seja, o sono também afeta a dor. Contudo, surpreendentemente, mesmo pacientes com DTM não dolorosa apresentam queda na qualidade do sono. 

Por isso, diversos estudos tratam a relação entre sono e DTM como benéfica a diagnósticos mais precisos do problema.

Avaliar a qualidade do sono em pacientes que sofrem com DTM tornou-se uma forma de categorizar melhor a disfunção. Da mesma forma, compreender a insônia como um distúrbio capaz de intensificar a dor, trouxe uma nova perspectiva a abordagem terapêutica do sofrimento relacionado a quadros dolorosos. 

Nesse sentido, sinais e sintomas relacionados a distúrbios do sono acabam requerendo indicação a um cirurgião-dentista, que considerará um possível quadro de DTM. Similarmente, o diagnóstico de DTM, em muitos casos, irá preceder tratamentos voltados a Medicina do Sono. 

Por mais estranho que pareça, se você tem dormido mal, talvez ande precisando fazer uma visitinha ao seu dentista! 

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