A cirurgia ortognática é um procedimento que corrige problemas no crescimento dos ossos da face, em especial da maxila, da mandíbula e do mento, osso da região do queixo.
Mais do que um tratamento estético, a técnica de realinhamento gera benefícios funcionais, já que tais anormalidades podem afetar a mastigação, a fala e até mesmo a respiração.
Neste artigo iremos entender o que diferencia as Classes I, II e III da cirurgia ortognática. A base para essa classificação é o alinhamento entre a arcada dentária superior e inferior. Entenda.
Cirurgia Ortognática Classe I
A cirurgia ortognática classe I é essencial para referência em relação as demais classes, é o objetivo do tratamento cirúrgico de pacientes da classe II e III, ou seja, caracteriza o padrão normal de alinhamento, tanto no que diz respeito a harmonia facial quanto a funcionalidade.
São classificadas nessa classe pessoas que possuem os dentes e a mordida corretamente posicionados, mesmo que existam pequenas deformidades nos ossos faciais.
Cirurgia Ortognática Classe II
Os pacientes que se encaixam na classe II possuem a arcada dentária superior à frente da arcada dentária inferior. Por causa disso, há uma sensação de “queixo para trás”, gerando desarmonia facial.
Normalmente o desvio tem relação com o excesso de crescimento do maxilar superior ou com o pouco desenvolvimento do maxilar inferior. Há ainda casos onde está presente uma combinação das duas situações.
Durante a cirurgia, o especialista solta o maxilar superior e a mandíbula, fazendo uma nova fixação em posições corretas por meio de placas e parafusos de titânio. Todo o planejamento para a cirurgia ortognática deve ser realizado de maneira conjunta pelo profissional e seu paciente.
Cirurgia Ortognática Classe III
A cirurgia ortognática classe III é para pacientes que apresentam “queixo para frente”, ou seja, quando a arcada dentária inferior está a frente da arcada dentária superior.
A situação é exatamente o oposto da classe II. A alteração é causada pelo pouco desenvolvimento da maxila, excesso de crescimento da mandíbula, ou por uma combinação das duas condições.
O tratamento cirúrgico para essa classe é similar ao que explicamos anteriormente, considerando, claro, as diferentes necessidades de cada paciente. O procedimento geralmente é realizado de forma intra-oral, por isso, não produz cicatrizes. O tempo de duração varia bastante, dependendo das correções necessárias. De maneira geral, costuma durar entre 2 e 3 horas.
Recuperação da cirurgia ortognática
Não há muito com o que se preocupar, pois geralmente o período pós-cirurgia é bastante tranquilo, desde que se cumpram as orientações do especialista. São comuns alguns incômodos nesse período, dentre eles inchaço facial, dor e uma discreta dificuldade para abrir e fechar a boca. Tais sintomas tendem a desaparecer nos dias que seguem ao procedimento.
O paciente é liberado após alguns dias de internação, e deve manter repouso em casa, evitando grandes esforços físicos por um período de 3 a 4 semanas. Complicações são raras.
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