Respiração bucal tem tratamento, e ele é essencial para prevenção das diversas complicações que podem decorrer desta condição. 

Você sabia que a respiração nasal é fundamental para o desenvolvimento do complexo craniofacial, e influência nas funções de sucção, mastigação e deglutição? Por outro lado, a respiração bucal pode provocar alterações miofasciais, posturais, como queixo levantado e boca aberta, socioemocionais, expressivas, digestivas, fonéticas e de oclusão dentária. 

Além disso, devido a desarmonia das funções dentofaciais, há alteração da musculatura perioral e supra-hióidea. 

Diante de tantos fatores, fica clara a necessidade de uma atuação multidisciplinar, geralmente coordenada por um cirurgião bucomaxilofacial. 

Neste artigo falaremos sobre os principais sintomas da condição e as opções de tratamento disponíveis. 

Como reconhecer um respirador bucal?

Respirar pela boca gera uma série de alterações, ou seja,  sintomas que permitem facilmente identificar a condição. Embora a própria pessoa normalmente não perceba tais sinais, as pessoas que convivem com um respirador bucal geralmente atestam o problema.

Conheça os sintomas:

• Lábios afastados;
• Flacidez do lábio inferior;
• Acúmulo excessivo de saliva;
• Tosse seca e persistente;
• Boca seca;
• Mau hálito;
• Diminuição do olfato e do paladar;
• Falta de ar;
• Roncos.

Crianças que respiram pela boca podem apresentar crescimento mais lento, além de irritabilidade constante, problemas de concentração e dificuldades para dormir. 

A respiração bucal causa também alterações dentofaciais, por isso, a atuação do bucomaxilofacial é tão importante. Podemos citar como exemplo de modificações: estreitamento do céu da boca, mordida cruzada ou aberta, apinhamentos dentários e retrusões mandibulares. 

Causas do aparecimento da respiração bucal 

Conheça a seguir algumas possíveis causas do aparecimento da respiração bucal em alguém:

• Obstruções nasais por alergias (Rinites e Rinossinusites);
• Hipertrofia de cornetos;
• Desvio de septo nasal;
• Adenoides aumentadas;
• Amídalas aumentadas.

Tratamento para respiração bucal

Respiração bucal tem tratamento, e a escolha da modalidade terapêutica depende diretamente das causas do problema. Como diversos sistemas podem ser afetados pelo desequilíbrio causado pela condição, geralmente o tratamento é multidisciplinar. 

Cirurgião Bucomaxilofacial

É o responsável por diagnosticar e tratar anormalidade no desenvolvimento ósseo da face, problema comumente associado à respiração bucal.  

Ortodontista

O ortodontista fica encarregado de lidar com o crescimento dos ossos da face, restabelecendo a oclusão. Para um tratamento efetivo, os dentes devem ser corrigidos e o hálito tratado. 

Otorrinolaringologista

É o responsável por tratar condições que afetam o ouvido, o nariz e os seios paranasais, a faringe, a laringe, a cabeça, o pescoço, a boca e o esôfago. Geralmente cabe a ele identificar e tratar as causas do problema. 

Fonoaudiólogo 

O fonoaudiólogo é o especialista que cuida da linguagem oral e escrita, fala, voz, audição e funções responsáveis pela deglutição, respiração e mastigação. O profissional irá ajudar o paciente a reaprender a postura corporal e a linguagem, educando a pessoa a manter a boca fechada e a respirar pelo nariz. 

Fisioterapeutas, pediatras, alergistas e psicólogos também podem compor a equipe. 

Embora respirar pela boca não coloque a vida em risco, é muito importante que você saiba identificar a condição e entenda que a respiração bucal tem tratamento. Vimos aqui alguns prejuízos que podem ser desencadeados pelo distúrbio, que incluem questões funcionais que podem afetar a fala, a mastigação e até a respiração, além de aspectos estéticos, que atingem toda a anatomia do rosto. 

Portanto, é muito importante que o tratamento seja iniciado o quanto antes. Entre em contato para agendar sua consulta!